No início de 2017 a Yescom, empresa organizadora de alguns grandes eventos do Brasil, incluindo a São Silvestre, apresentou um projeto que prometia combater a presença de corredores sem inscrição nas provas, os famosos pipocas.
O Webrun foi uma das mídias especializadas do mercado a participar desta reunião e, desde o início, aprovou a política. Ao longo do ano, provas como a Maratona de São Paulo foram alvo de polêmicas, já que os staff estavam autorizados a retirar atletas não inscritos da prova.
Foto Edu Alpendre/FotoarenaNa São Silvestre a ação não foi diferente, a Yescom informou por meio de diversos comunicados e ações, para os próprios corredores, que não permitiria a entrada de pipocas nos arredores da competição. Para isso, mobilizou staffs em baias na hora da largada onde só era possível o acesso com número de peito, o mesmo foi feito na chegada, quando esses atletas eram retirados antes de cruzarem os metros finais.
Mesmo assim, atletas desafiaram a organização correndo com número de peito de outras provas e até mesmo alguns se identificaram como pipocas, escrevendo em um papel “sou pipoca, não me dê água”.
Mas a grande polêmica se deu com os competidores da Assessoria Run Up. Cerca de 19 corredores participaram da prova com o mesmo número. Após as denúncias, a Yescom se manifestou em nota, alegando que esse tipo de fraude resultará em desclassificação e banimento do usuário cadastrado da São Silvestre, identificado como Valter Pereira da Silva, de 54 anos e de demais eventos organizados pela empresa.
A Run Up, em sua página do Facebook, afirmou que repudia veemente qualquer prática antiética e antiesportiva, pois não compactua com nenhuma conduta que desrespeite o direito absoluto à integridade ética e moral. Apesar da afirmação, já foram identificados atletas da mesma equipe utilizando da mesma ação em outros anos da São Silvestre.
Advogados
Os representantes legais da equipe, entre outras colocações, manifestaram que houve falha da organização por não identificarem o ocorrido no momento. Afirmaram também que se reunirão na próxima segunda (8) para decidirem os próximos passos a serem dados.
A prova
A São Silvestre contou com cerca de 30 mil participantes em 2017 e a política anti pipoca, aplicada pela Yescom, vem tendo efeitos progressivos, já que no momento atual o grande número de atletas sem inscrições participando de eventos de corrida é muito grande. Fora a questão da cópia, também existem fraudes de atletas inscritos como idosos.
É importante frisar que a cultura de atletas sem inscrição ocorre com mais intensidade no Brasil. Em provas grandes como Maratona de Nova York, Berlim e outras Majors, a prática é completamente vetada. A Yescom busca inserir o mesmo pensamento nos corredores de nosso país.
Veja as fotos dos atletas com números repetidos!
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